Saia do vermelho e retome o controle da sua vida financeira
Terminar o mês no vermelho ainda é uma realidade para você? Só quem passa os apertos de sincronizar contas que não fecham sabe o tamanho da angústia que essa cor no extrato bancário representa. O problema nem sempre está na quantidade de dinheiro que entra todo mês, mas na maneira como ele sai. Quanto você está gastando na manutenção de juros de cheque especial e tarifas bancárias? Quanto você tem consumido de produtos e hábitos que parecem inofensivos, mas que, juntos, provocam estragos na sua contabilidade?
Para nos libertar desse círculo vicioso, temos que mudar a nossa relação com o dinheiro e entender, definitivamente, que não somos nós que trabalhamos para ele, mas ele que trabalha para nós. Vamos começar a substituir o vermelho pelo azul? Preparamos quatro dicas para te ajudar nessa transição.
Cheque especial não faz parte da sua renda
Ao conferir o seu saldo bancário, não se iluda com a quantia a mais que vem do cheque especial. Aquele dinheiro não faz parte do seu rendimento e custa muito caro quando utilizado. Sempre que você entra no vermelho, compromete imediatamente o seu saldo do mês seguinte. Isso faz com que o seu dinheiro acabe antes da hora e te empurra a usar novamente o cheque especial, criando uma relação de dependência difícil de romper. O cheque especial existe para eventualidades e deve ser usado o mínimo necessário. De preferência, observe os prazos e tarifas mais vantajosas oferecidos pelos bancos. Para não cair em tentação, procure reduzir o limite do cheque especial e desconsidere a existência dele para gastos rotineiros.
Renegocie as suas dívidas com as instituições financeiras
Endividar-se não é vergonha para ninguém. Nem sempre ganhamos o que precisamos e às vezes é preciso contrair dívidas para solucionar necessidades imediatas. O problema não está na dívida em si, mas na maneira como lidamos com ela. O primeiro passo para resolver essa situação é encará-la. Fazer de conta que ela não existe e deixar que os valores se percam em juros exponenciais é uma péssima escolha. Procure a instituição financeira e renegocie o seu débito. Pode não parecer, mas ela também está interessada em negociar. Para ela, é muito mais vantajoso receber parte do que foi emprestado do que acumular um crédito que vai se tornando cada vez mais impagável. Quase todas as instituições oferecem condições diferenciadas para quem está disposto a pagar. A solução pode aparecer depois de uma boa conversa.
Pague o valor total do cartão de crédito, na data certa
Outro engano que as pessoas costumam cometer é pegar o valor mínimo da fatura de cartão de crédito. Essa prática é responsável por grande parte do descontrole financeiro do fim do mês. Sempre que pagamos qualquer valor menor que o total da fatura, o saldo restante é automaticamente rolado por 30 dias, até o vencimento da próxima fatura, acrescido de juros altíssimos, os maiores praticados no mercado. A cada mês que passa, a conta fica mais cara e com mais taxas embutidas pelo banco. Rapidamente você se torna mais refém dessa dívida, que não para de crescer. Além disso, é preciso ficar atento à data de vencimento da fatura para aproveitar melhor o prazo de até 40 dias para pagar. Se ainda assim você não conseguir pagar o valor total, endividando-se no crédito rotativo do cartão, tente trocar essa dívida por outra que cobre juros mais baratos.
Mantenha o orçamento sob controle
Equilibrar a entrada e saída de dinheiro é fundamental para quem quer respirar aliviado no fim do mês. Avalie seus custos e despesas, um a um. Veja aonde é possível economizar para enquadrar os gastos dentro das suas possibilidades financeiras. Analisando para onde o dinheiro vai, você poderá decidir por fazer cortes que impactem menos na sua qualidade de vida e promovam um bom fôlego financeiro às suas contas. E condicione-se para evitar novas dívidas. Adquirindo um hábito de gestão financeira saudável, você vai não só sair do vermelho como conseguir economizar para viabilizar a realização de seus sonhos.