O que a contratação de Gustavo Franco, pela Nubank, tem a ensinar às pequenas empresas
É raro encontrar uma empresa que já nasça dando lucro. É natural que ela precise investir grande parte dos seus recursos no próprio negócio para agregar novidades que tragam outras fontes de receitas. Isso acontece também com as startups, que mesmo tendo um desenvolvimento operacional enxuto, precisam investir para alcançar novos mercados e poder crescer de maneira exponencial.
O Nubank, plataforma digital de cartões de crédito criada há três anos, é um exemplo disso. Embora tenha conseguido captar 180 milhões de dólares em investimentos e ultrapassado a marca de um milhão de clientes, ela vem acumulando prejuízos desde o seu lançamento.
O motivo é fácil de entender. Como a fintech não cobra anuidade dos usuários de cartão, sua única receita é a taxa paga pelos lojistas, dividida entre a credenciadora, a bandeira e a emissora do cartão. Esse modelo tende a ser insustentável a longo prazo se o Nubank não encontrar outras fontes de receita.
Sabendo disso, a empresa se antecipou às dificuldades do mercado e anunciou, no final de julho, a contratação do economista Gustavo Franco. O economista é ex-presidente do Banco Central e esteve na linha de frente da condução da política econômica do Brasil na implantação do plano Real. Ele foi chegou ao Nubank com a missão de fazer a fintech crescer ainda mais e criar novos produtos, novas fontes de receita.
Em entrevista à Revista Exame, o fundador da plataforma, o colombiano David Veléz, afirmou que desde o início das operações, o Nubank buscava alguém que entendesse do mercado financeiro brasileiro e aconselhasse em assuntos que ele não tem experiência, como regulação. “Temos pretensões maiores do que ser apenas um emissor de cartão. Agora, começamos a pensar na nossa segunda fase de crescimento”, afirmou Veléz à revista.
Gustavo Franco confirmou as expectativas da plataforma. “Estou vindo com um ângulo diferente de observação e com a experiência que eu tive em política econômica, no Banco Central e em mercado de capitais, tenho um olhar diferente sobre as possibilidades de expansão”, ressaltou o economista.
Essa é a grande lição que a promissora empresa vem nos dar. Mesmo obtendo aportes financeiros altíssimos e crescendo de maneira avassaladora, ela reconheceu a necessidade de recorrer a alguém que pudesse ajustar a sua rota de crescimento. Ao trazer para si um nome de peso como o de Gustavo Franco, o Nubank reafirma a sua intenção em se transformar em um banco digital e balançar as estruturas do mercado financeiro nacional.
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