O empreendedorismo em tempos de crise
Embora o noticiário econômico insista em afirmar que a crise está longe de passar, poucas são as empresas que, de fato, sentem os impactos da instabilidade macroeconômica, diretamente. Esse mal humor generalizado é muito prejudicial, porque tira a motivação para investimentos e amplia o conservadorismo, grande vilão do crescimento das empresas.
Se não for trabalhada na direção oposta, essa situação pode custar muito caro a longo prazo. A empresa que para de inovar e adota o comportamento de manada fica tão engessada que, quando a crise passa, encontra muito mais dificuldade para recuperar o tempo perdido (e às vezes nem consegue).
As empresas de pequeno porte são, de certa maneira, menos vulneráveis a essas instabilidades macroeconômicas. Em uma empresa menor, é possível flexibilizar com mais facilidade as linhas de custo e as receitas, reorganizando o planejamento da maneira que melhor convém.
Com pequenas alterações, é possível alcançar novos mercados e investir de maneira mais criativa. Isso em uma empresa de grande porte é mais complicado, porque a estrutura é maior e demanda investimentos constantes.
Durante os momentos de pessimismo econômico, o microempreendedor deve concentrar a sua atenção em um aspecto fundamental: a garantia do fluxo de caixa. Essa, aliás, é a principal função do empreendedor. Garantindo dinheiro em caixa, poucos riscos de fato assustam. Haverá dinheiro para honrar compromissos, manter a produção e, se o planejamento for bem feito, apostar nas inovações que farão a empresa se destacar no mercado, especialmente nos momentos de crise.
O empreendedorismo muitas vezes exige que se busque avenidas menos congestionadas. É preciso identificar lacunas, oportunidades no mercado sedento por soluções inovadoras. Evitando os caminhos tortuosos, principalmente os ligados às linhas de créditos e seus juros em escala exponencial, e planejando o crescimento de maneira consistente e sustentável, a crise pode trazer resultados surpreendentemente positivos.
Acredite!