Cuidados que as empresas devem ter com as vendas a prazo
Se por um lado as vendas a prazo são excelentes chamariscos para o consumidor, por outro elas podem provocar grandes dores de cabeça ao pequeno empreendedor. Antes de conceder qualquer prazo para pagamento, é fundamental que o empresário tenha clareza sobre o seu fluxo de caixa e o seu capital de giro.
Estender o prazo de recebimento impacta sobre todas as operações ordinárias da empresa. É importante garantir que as finanças do negócio tenham fôlego suficiente para suportar o período de concedido ao consumidor, inclusive em larga escala, sem se comprometer com novas dívidas e gerar um ciclo vicioso capaz até de inviabilizar a empresa.
Em outras palavras, vender a prazo significa financiar o consumidor: ele leva o produto, mas só paga lá na frente. Logo, quanto maior for esse prazo, maior será a necessidade de capital de giro. Também é importante ficar atento ao ciclo médio do produto, ou seja, quanto tempo aquele item demora para se converter em dinheiro, considerando desde a primeira etapa da produção até a venda e a efetiva entrada do recurso financeiro em caixa.
Lembrando que, independente do prazo de pagamento que você dê aos seus clientes, suas despesas fixas, como salário, manutenção e infraestrutura, vão se manter. As compras com os fornecedores, também. Esse dinheiro terá que sair de algum lugar e o ideal é que seja do capital de giro. Caso contrário, grande parte – ou quase todo – o lucro proveniente daquela venda será usado para custear os juros dos empréstimos que você poderá se verá obrigado a fazer.
A dica é investir em um bom planejamento financeiro, que reduz significativamente as chances de surpresas indesejáveis ao longo do caminho. E revisá-lo sempre que necessário para adequar os planos e previsões à realidade do dia a dia. Nela se incluem também as necessidades dos clientes em relação às compras a prazo.